Colostomia: quando é preciso fazer?
6 motivos pelos quais é preciso fazer uma colostomia
Fique sabendo: vários estudos apontam que vem havendo um aumento do número de pessoas ostomizadas no Brasil por conta da elevação de doenças que exigem a realização de uma cirurgia para fazer uma abertura na parede do abdômen, o chamado estoma. Mais do que isso, a violência urbana e os acidentes de automóveis, cujos índices são altos no país, também acabam por obrigar muita gente a fazer o procedimento, especialmente jovens.
A colostomia, que pode ser permanente ou temporária, nada mais é do que conectar um trecho do intestino ao estoma, localizado no abdômen. Ao invés de saírem pelo reto, as fezes passam através do estoma e são recolhidas numa bolsa, que fica acoplada a ele.
Conheça as principais razões pelas quais a colostomia é necessária.
1. Diverticulite
A diverticulite se caracteriza pelo crescimento de pequenas bolsas salientes na parede interna do intestino. Essas bolsinhas geralmente infeccionam e inflamam, podendo levar a dores de estômago, vômito e até febre.
A cirurgia, claro, não é a primeira providência pedida pelo médico. Ao contrário, geralmente ela é tratada com dieta e antibióticos. A operação só passa a ser considerada quando a infecção se torna bastante séria ou quando a pessoa tem crises de diverticulite repetidas vezes. Nesses casos, é retirado o pedaço do intestino que está afetado e se realiza uma colostomia até que o restante do intestino esteja recuperado.
2. Doenças inflamatórias intestinais
As doenças inflamatórias intestinais são um conjunto de doenças crônicas que levam à inflamação do intestino. Entre os principais tipos estão a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Elas podem causar de simples dores na região abdominal até perda de peso, fraqueza, diarreia e sangramento no reto.
Assim como a diverticulite, o primeiro tratamento se baseia em mudanças na alimentação e remédios. Só quando essas doenças se tornam mais graves, causando sangramento, por exemplo, é que a cirurgia é considerada.
3. Câncer
Tumores malignos no intestino grosso, chamados de colorretais, podem levar a sangramentos pelo reto, fortes dores e até mesmo alteração nos movimentos peristálticos, isto é, o movimento natural e involuntário do intestino responsável por impulsionar as fezes até o reto.
Geralmente, o tratamento se baseia na retirada da parte afetada e, quando é possível, na reconexão das partes que estão saudáveis. Quando isso não é possível, o médico é obrigado a criar uma colostomia.
4. Obstrução intestinal
Nada mais é do que um bloqueio em alguma parte do intestino, que impede a passagem do alimento digerido. Várias são as causas desse impedimento – de tumores até hérnias. A obstrução é extremamente perigosa, colocando a vida da pessoa em perigo. Por isso, é considerada uma emergência médica. Em casos mais graves, é necessário fazer uma colostomia.
5. Lesões
Um trauma – um acidente de automóvel, por exemplo - pode danificar profundamente o intestino, o reto e o ânus. Muitas vezes, não é possível restaurar a função do intestino, por isso o médico pode ser obrigado a retirar uma parte ou até mesmo todo o intestino e realizar uma colostomia.
6. Desordens genéticas e problemas congênitos
Alguns bebês nascem sem a abertura anal, o que vai exigir a criação de uma colostomia. Alguns problemas genéticos também podem causar a perda de alguns dos nervos que controlam os músculos intestinais, aumentando as chances de uma obstrução. A colostomia, nesse caso, é obrigatória.
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