Entenda por que doença renal é mais resistente em homens do que para as mulheres
As mulheres tendem a ser mais capazes do que os homens de se recuperar de lesão renal, mas por quê?
Aparentemente, as mulheres têm uma vantagem no nível molecular que as protege de uma forma de morte celular que ocorre em rins lesionados, descobriu um novo estudo em camundongos.
"A doença renal aflige mais de 850 milhões de pessoas em todo o mundo todos os anos, por isso é importante entender por que os rins femininos estão mais protegidos dessas lesões agudas e crônicas", disse o autor do estudo, Dr. Tomokazu Souma. Ele é professor assistente no departamento de medicina da Duke University School of Medicine, em Durham, Carolina do Norte.
“Nosso estudo é um passo para identificar as causas e sugere que essa resiliência feminina pode ser terapeuticamente aproveitada para melhorar o reparo renal em ambos os sexos”, disse Souma em um comunicado à imprensa da Duke Health.
No estudo, os pesquisadores analisaram uma forma de morte celular chamada ferroptose, que depende do ferro e do estresse oxidativo, e foi identificada como um fator-chave nas doenças renais.
Os pesquisadores usaram um tipo especial de análise de RNA em camundongos. Eles descobriram que ser mulher conferia proteção impressionante contra a ferroptose por meio de um caminho específico chamado fator 2 relacionado ao fator nuclear eritróide 2 (NRF2).
Este NRF2 é altamente ativo em mulheres. Nos machos, o hormônio sexual testosterona reduz a atividade do NRF2 e isso promove a ferroptose e prejudica a resiliência celular na lesão renal.
A equipe fez experimentos adicionais, descobrindo que a ativação química do NRF2 protegia as células renais masculinas da ferroptose. Isso significa que o NRF2 pode ser um potencial alvo de tratamento para promover o reparo renal após lesão renal aguda.
"Ao identificar o mecanismo no qual o ambiente hormonal feminino protege e o ambiente hormonal masculino agrava lesões renais agudas e crônicas, acreditamos que há um forte potencial para aumentar a resiliência dos rins", disse Souma.
As descobertas foram publicadas online revista Cell Reports. É importante ressaltar que a pesquisa com animais nem sempre funciona em humanos.
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Escrito por: Cara Murez HealthDay Reporter
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