Esquadrão de ataque: saiba a diferença entre antisséptico e antibiótico
Por Suprevida
Antisséptico e antibiótico fazem parte de uma categoria de compostos cujo propósito é matar micróbios, sejam eles bactérias, fungos ou outros tipos. Um produto antibacteriano – caso você tenha lido no rótulo – é um antibiótico, mas como o próprio nome indica, ele foi feito para atacar unicamente um microrganismo: a bactéria. Já os antibióticos, também como o nome indica, foram criados para combater diversos tipos de vida (bio significa vida), ou seja, vários tipos de micróbios.
Uma diferença básica entre eles é que os antibióticos normalmente precisam ser absorvidos para atuarem dentro do nosso corpo ou do corpo de animais que precisam ser tratados. Isso quer dizer que quase sempre eles vêm na forma de comprimido, para serem ingeridos; líquida, para serem injetados; e em pomada ou creme, para serem absorvidos pela pele.
Há uma exceção, no entanto: antibióticos de uso tópico, que têm uso bastante limitado. Um exemplo prático são as pomadas usadas em casos em que a conjuntivite está com pus. Já os antissépticos são aplicados na parte externa do corpo, por exemplo, em uma ferida ou na boca.
Diferentes modos de ação
Uma das principais diferenças entre esses dois produtos é o modo como eles agem contra bactérias e outros microrganismos. É importante saber: ambos não atacam vírus, portanto nunca vão ajudar a tratar uma gripe! Antissépticos desaceleram o crescimento de micróbios ao invés de matá-los. Eles são muito usados em procedimentos cirúrgicos e hospitais para evitar o risco de infecção durante a cirurgia.
Você já deve ter visto isso ao vivo ou em alguma série de TV. Sabe aquele líquido meio alaranjado que os médicos esfregam sobre a pele e mãos ou passam sobre a pele do paciente? Isso é um antisséptico. Eles normalmente são usados para:
• limpar a pele antes de uma cirurgia. A ideia é reduzir os germes presentes na pele, diminuindo as chances de o corte cirúrgico (que não deixa de ser uma ferida) fique infectada.
• lavar as mãos.
• desinfetar mucosas, como a da vagina ou a da uretra (no homem) antes se de colocar um catéter.
• reduzir o risco de infecção na pele. Sabe a famosa água oxigenada (o peróxido de hidrogênio, numa linguagem mais técnica) ou o álcool em gel para limpeza das mãos?
• tratar infecções na garganta e na boca. Algumas pastilhas para aliviar dores de garganta contêm antissépticos. Ou, então, evitar o crescimento de bactérias na boca. Um exemplo são os enxaguantes bucais.
Já os antibióticos são um verdadeiro esquadrão de ataque, cujo objetivo primordial é exterminar bactérias e tratar doenças causadas por elas.
Pouco concentrado x muito concentrado
Felizmente, temos uma barreira poderosa que nos protege da invasão de microrganismos: a nossa pele. Justamente por ser um muro de proteção, a pele acaba fazendo com que os antissépticos tenham ação limitada, por isso geralmente as suas fórmulas têm grande concentração da substância antisséptica. Sabonetes usados pós-cirurgia e que contêm triclosan, uma substância antisséptica, chegam a ter uma concentração de até 1% (g/ml). Isso é bastante, acredite.
Os antibióticos, por outro lado, atuam na máquina celular do microorganismo com o objetivo de neutralizá-lo. Como essa maquinaria lembra muito a das células que compõem o nosso corpo, os antibióticos podem acabar agindo em nós, o que pode levar a alguns efeitos colaterais. Por isso geralmente a dose que é administrada é menor.
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