Exercício uma vez por mês, pode ajudar seu cérebro por décadas
O exercício regular em algum momento da vida é a chave para uma melhor saúde cognitiva na velhice, dizem os pesquisadores. Começar mais cedo é melhor e sustentá-lo por mais tempo também.
Um novo estudo britânico descobriu que o exercício pelo menos uma vez por mês, em qualquer momento da vida adulta, está ligado a um melhor pensamento e função da memória mais tarde na vida.
As pessoas que relataram ser fisicamente ativas pelo menos uma a quatro vezes por mês em pesquisas separadas nas idades de 36, 43, 53, 60 a 64 e 69 tiveram o maior benefício.
O efeito foi maior do que para aqueles que disseram que se exercitavam com frequência (mais de cinco vezes por mês) durante pelo menos um dos períodos do estudo, mas que não necessariamente o mantiveram em várias pesquisas.
“Nosso estudo sugere que praticar qualquer atividade física de lazer, em qualquer momento da vida adulta, tem um efeito positivo na cognição. disse Sarah-Naomi James, da Unidade MRC para Saúde e Envelhecimento ao Longo da Vida da University College London. “Além disso, as pessoas que nunca foram ativas antes e começaram a ser ativas aos 60 anos também parecem ter uma função cognitiva melhor do que aquelas que nunca foram ativas”.
O maior benefício para a função de pensamento e memória foi observado em pessoas que foram fisicamente ativas ao longo de suas vidas.
"O efeito é acumulativo, portanto, quanto mais tempo um indivíduo estiver ativo, maior a probabilidade de ter uma função cognitiva mais avançada na vida adulta", disse James em um comunicado à imprensa da universidade.
Os pesquisadores usaram dados de um banco de dados britânico de 1.417 pessoas nascidas na mesma semana em 1946 cuja saúde foi monitorada ao longo de suas vidas.
Os participantes preencheram pesquisas sobre atividades físicas de lazer, como corrida, dança, jardinagem, caminhadas e esportes ao longo de três décadas.
Eles fizeram testes cognitivos aos 69 anos junto com um teste que os desafiou a lembrar o máximo de palavras possível de uma lista de 15. Em um teste de velocidade de processamento visual, eles foram solicitados a riscar todas as instâncias de uma letra específica em uma página texto.
Os pesquisadores esperavam saber se ser fisicamente ativo durante um determinado período era mais importante. Em vez disso, eles concluíram que iniciar algum tipo de exercício e mantê-lo por um longo período pode ser mais importante do que o momento da atividade.
A ligação exata entre o exercício e o funcionamento cognitivo não é clara.
O nível educacional, a cognição infantil e o histórico econômico podem explicar parte da ligação, descobriram os pesquisadores. Os participantes que eram mais ativos fisicamente também eram mais propensos a frequentar uma universidade, ter pais de origem mais privilegiada e ter pontuações mais altas nos testes aos 8 anos.
Uma limitação do estudo é que todos os participantes são brancos. Aqueles que eram socialmente desfavorecidos e menos saudáveis eram mais propensos a deixar o estudo. O longo seguimento é considerado um ponto forte.
Os resultados do estudo foram publicados no Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry.
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Escrito por: Cara Murez