Incontinência fecal tem tratamento?
Por Suprevida
Muita gente que é diagnosticada com incontinência fecal se desespera num primeiro momento. É importante saber que existem alternativas de tratamento, que poderão ser discutidas com o médico, porque as opções variam para cada pessoa e dependem muito do que causou o problema.
Basicamente, há quatro tipos de tratamento: medicamentoso, terapias comportamentais, estimulação elétrica e cirurgia.
1. Medicamentoso
A terapia medicamentosa se baseia no uso de remédios que ajudam a controlar o escape de fezes, a reduzir a frequência da incontinência ou a deixar as fezes mais duras. Com isso, é possível reduzir ou eliminar quase que por completo os episódios de vazamento de fezes.
Geralmente, os remédios são antidiarreicos, mas há outros que ajudam a tornar as fezes mais duras, além de haver opções para quem sofre com incontinência depois das refeições.
2. Terapias comportamentais
Há várias opções. Uma das mais conhecidas é a chamada biofeedback, uma técnica que ajuda a pessoa a ter domínio e a controlar um determinado problema. Mas há também exercícios para fortalecer o músculo pélvico. Esses exercícios, chamados de Kegel, são semelhantes àqueles usados por quem tem incontinência urinária.
3. Eletroestimulação
Nada mais é do que a descarga de corrente elétrica leve a moderada para estimular os músculos do assoalho pélvico e do esfíncter a contraírem. O esfíncter são os músculos em forma de anel que controlam a saída das fezes. Já os músculos do assoalho pélvico controlam importantes funções, como o ato de urinar ou defecar.
A ideia é que a eletroestimulação faça que, com o tempo, essas musculaturas fiquem mais fortalecida, impedindo o vazamento das fezes.
4. Cirurgia
Existem vários procedimentos cirúrgicos que podem ajudar a aliviar o problema, especialmente em mulheres. Estudos dão conta de que a cirurgia consegue resolver em até 80% o problema causado pelo parto.
Os músculos que ficam logo abaixo da vagina e que circundam o reto são os músculos que controlam os movimentos intestinais. Durante as fases finais do trabalho de parto, quando a mulher faz força para empurrar o bebê pela vagina, esses músculos são submetidos a uma pressão enorme e esses músculos podem ficar comprometidos, levando à incontinência fecal.
Em pessoas que tiveram danos irreparáveis no esfíncter, uma opção é a transposição de músculos da perna ou glúteos para refazer o que foi comprometido. Essa alternativa chega a restaurar a continência em até 73% das pessoas.
Outra opção bastante conhecida é fazer uma colostomia, ou seja, uma abertura no abdôme por onde as fezes deixam o corpo e são coletadas em uma bolsa. Isso resolve definitivamente o vazamento de fezes pelo reto. A colostomia, entretanto, costuma ser indicada quando nenhum dos tratamentos acima funcionou ou para quem não pode se submeter a nenhuma das alternativas que foram mencionadas.
5. Proteção da pele
Não é exatamente um tratamento, mais um auxílio ao tratamento. O vazamento de fezes pode irritar, e muito, a pele, por isso fazer uso de creme barreiras e hidratantes ajudam a proteger o tecido. Melhor, eles podem ser usados indefinidamente, segundo a Clínica Cleveland, dos Estados Unidos.
Gostou do artigo acima? Então confira esse artigo sobre os desafios de viver com incontinência fecal.
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