Janeiro verde: papanicolau ainda é o método mais eficaz para detectar câncer no colo do útero
Por Suprevida
O câncer de colo de útero é o terceiro que mais afeta as brasileiras, ficando apenas depois do de mama e do colorretal. Só em 2018, foram mais de 16 mil novos casos e mais de 6 mil mortes, segundo informa o Instituto Nacional do Câncer.
Não são todas as mulheres que sabem, mas ele é causado pela infecção de alguns tipos de HPV. O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus transmitido por meio de relações sexuais e que afeta a pele ou as mucosas de homens e mulheres, causando verrugas. Para que se tenha uma ideia, entre 50% e 70% das pessoas com atividade sexual serão infectadas em algum momento de suas vidas com o HPV. Apenas nas mulheres, alguns tipos de HPV podem causar o câncer cervical, como o tumor de colo de útero também é chamado.
Como a imensa maioria dos casos está relacionada ao HPV e ele é transmitido sexualmente, a prevenção, assim como a de qualquer outra doença sexualmente transmitida, é através do uso de preservativos. Outra maneira de prevenir é por meio da vacina, que deve ser tomada por meninas entre 9 e 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. É durante a puberdade que as meninas têm um risco maior de infecção e de que essa infecção evolua para o câncer.
O grande problema desse tipo de câncer é que ele não causa sintomas nos estágios iniciais. Por conta disso, muitas mulheres só descobrem ter a doença quando o tumor já está avançado e a única saída para combatê-lo é se submetendo a uma cirurgia, quimio ou radioterapia.
O Janeiro Verde surgiu para alertar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce. Só assim é possível salvar vidas. E o papanicolau ainda é a medida mais efetiva para detectar esse tipo de câncer.
O papanicolau é um exame bastante simples e rápido. Geralmente, o médico ou o profissional de saúde usa uma espátula de madeira e uma escovinha para raspar o colo do útero e colher células. Essas células são passadas numa lâmina de vidro e levadas para o laboratório para análise, onde se verifica se elas possuem alterações indicativas do câncer ou se existem lesões que indiquem a presença de HPV.
Infelizmente, ainda há muitas mulheres que se sentem incomodadas com o exame. Um estudo de 2007 feito por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza revelou que as mulheres ainda têm vergonha de fazer o teste. Mais do que isso, muitas têm medo de que doa ou do resultado que ele pode levar. Outras, ainda, desconhecimento totalmente o ritual do exame.
Saiba: o nervosismo, que faz com que os músculos da vagina se contraiam, é que pode gerar um certo desconforto. Não há nada a temer. Se feito uma vez ao ano, o exame pode salvar a sua vida.
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