Melasma tem cura?
Por Suprevida
Temos de ser honestos: melasma não tem cura, mas é possível tratar e agir para que o problema não piore.
O melasma nada mais é do que uma disfunção que faz com que as células produtoras de pigmento fiquem superativas, trabalhem além da conta e produzam pigmento demais. Trata-se do pigmento chamado melanina, aquele que dá a tonalidade mais escura à pele. Quem tem a pele escura já tem, naturalmente, mais células produtoras de pigmento ativas.
O melasma acontece quando essas mesmas células tornam-se hiperativas e produzem excesso de pigmento em certas regiões do corpo. É mais ou menos o mesmo mecanismo que faz com que apareçam aquelas manchinhas escuras da idade ou mesmo as sardas, só que no caso do melasma essas manchas tendem a ser maiores.
É fácil saber se as manchas que surgiram no seu rosto são melasma. Basta observar se elas são maiorzinhas, sem uma forma definida e aparecem em áreas do corpo que ficam expostas ao sol, como rosto, pescoço, colo e até nos braços.
A confirmação, claro, será dada pelo dermatologista. Geralmente, ele usa um equipamento chamado de lâmpada de Wood, que funciona como uma espécie de luz negra e permite ver a área pigmentada comparada com a pele normal.
A imensa maioria dos afetados são mulheres - o melasma surge em apenas 10% dos homens. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 150 mil casos, em média, são registrados por ano no Brasil, quase sempre em mulheres entre 20 e 50 anos.
Causas
Embora ele não seja doloroso nem faça mal à saúde, pode afetar demais a autoestima, principalmente porque ele não tem cura e porque o tratamento pode ser difícil. Muitas são as causas do aparecimento dessas manchas, mas as principais são:
- Exposição ao sol – O sol é o grande culpado de as células começarem a produzir como loucas a melanina, o pigmento que torna a pele mais escura. Ele não só é capaz de desencadear o problema em quem já tem propensão, mas piorar o problema naqueles que já sofrem com as manchas. Mas não só: luz clara – de lâmpada mesmo - e até calor, por exemplo, do forno, também podem ser outros gatilhos.
- Hormônios – A flutuação em determinados hormônios pode disparar o surgimento das manchas. Por isso, o melasma é tão comum na gravidez. Ivete Sangalo, por exemplo, admitiu ter sofrido com ele durante a gravidez dos gêmeos. Quem faz reposição hormonal ou toma anticoncepcional também pode ver as manchas surgirem.
Como tratar
Primeira coisa: saber se realmente as manchas escuras no rosto ou colo são realmente melasma. Só um dermatologista é capaz de identificar. Depois, juntamente com ele, é preciso identificar o que está disparando o surgimento do melasma. “Mesmo os tratamentos orais que agora existem para casos graves não adiantam nada se a pessoa está exposta ao fator que está desencadilhando o problema”, disse o Doutor Shadi Kourosh, diretor de Desordens Pigmentares do Massachusetts General Hospital ao site da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard (EUA). Por exemplo, ao se descobrir que é a pílula anticoncepcional, a saída é trocar para outro método anticontraceptivo.
Outra providência fundamental: fugir do sol, que sabemos agravar o problema. Isso é o mais complicado, principalmente num país como o Brasil. O Doutor Kourosh diz que o principal jeito de se prevenir o aparecimento do melasma é se proteger – sempre – dos raios solares. E não é qualquer protetor solar, mas aqueles que levam zinco e dióxido de titânio na fórmula, substâncias que formam uma barreira protetora contra os raios do sol. Ainda assim, talvez seja necessário sair na rua com chapéu ou boina.
É possível que o seu dermato também prescreva um tratamento tópico que ajude a clarear as manchas, à base de retinol, ácido kójico ou hidroquinona, que bloqueiam a produção do pigmento.
Outros tratamentos comumente prescritos são os peelings químicos ou tratamentos para a pele à base de laser, que reduzem e até chegam a eliminar muitas das manchas.
Uma dica importante: tenha paciência. Nenhum tratamento funciona da noite para o dia. Pode-se levar um tempinho até que você veja resultado.