O curativo ideal para cada tipo de ferida
Para cada tipo de ferida, um curativo
Nem todas as feridas são iguais. Isso é óbvio. Portanto, nem todo curativo serve a qualquer tipo de ferida. É possível que nem todas as bandagens existentes estejam disponíveis no Brasil, mas acredita-se que haja mais de 3000 tipos no mercado mundial. Bastante, não?
A maioria de nós, infelizmente, só conhece os tradicionais esparadrapo, gaze e curativos adesivos como o Band-Aid. Nem sempre eles se prestam a qualquer tipo de lesão cutânea.
Veja quais os principais tipos de curativo para cada tipo de ferida:
1. Hidrocoloides para feridas secas
Na realidade, não existem feridas secas, existem feridas que podem secar mais rapidamente quando expostas ao ar, o que desacelera o processo de cicatrização da maior parte das lesões. Os curativos hidrocoloides são indicados para esse tipo de lesão, bem como para lesões superficiais.
Eles ajudam a manter a umidade da área lesionada, acelerando a cicatrização, além de atuar como uma barreira de proteção contra as bactérias que estão no ambiente externo.
Mas atenção: a ferida deve estar limpa antes de você aplicar o curativo, de modo a evitar que sujeiras contendo microrganismos possam ficar presas ali dentro.
2. Alginato de cálcio e sódio para feridas úmidas
Uma ferida é chamada de úmida quando há uma saída significativa de fluidos que são produzidos como resposta ao dano no tecido (o termo médico é exsudato). Não existe uma quantidade definida para que ela seja considerada úmida, mas a recomendação padrão é que as lesões devem ser mantidas úmidas para que a recuperação se dê mais rapidamente. Qualquer coisa acima dessa ligeira umidade já seria o suficiente para classificar a ferida de úmida.
Curativos à base de alginato contêm fibras de sódio e cálcio extraídas de algas marinhas. Quando colocado sobre a lesão, ele reage com esses fluidos e forma um gel. A grande sacada desse tipo de curativo é que o gel é extremamente absorvente, conseguindo sugar mais de 20 vezes o seu peso de fluidos, ou seja, ele é capaz de absorver o exsudato excedente sem, no entanto, deixar a ferida totalmente seca. O gel também aprisiona microrganismos, reduzindo as chances de a ferida infeccionar.
Eles devem ser colocados sobre lesão de pressão abertas, úlceras decorrentes do pé diabético e úlceras venosas. Como eles são flexíveis, podem ser colocados mesmo em áreas que costumam ser difíceis de cobrir com outros tipos de curativo, como o calcanhar, por exemplo.
Curativos à base de alginato também são indicados para feridas que estão sangrando, pois o cálcio ajuda a estabilizar o fluxo de sangue, desacelerando o sangramento.
3. Hidrofibra para feridas extremamente úmidas
Curativos de hidrofibra também são altamente absorventes e indicados para feridas em que a drenagem de fluidos é enorme. Em contato com o exsudato, também forma um gel, que absorve os fluidos excedentes sem deixar a lesão totalmente seca, e aprisiona bactérias, diminuindo os riscos de infecção. Os curativos de hidrofibra não são aderentes, por isso precisam de outro tipo de curativo para mantê-los presos à pele. São indicados para queimaduras de segundo grau e feridas cirúrgicas.
Essas bandagens também podem vir com prata associada à hidrofibra. São indicadas para feridas mais profundas em que há grandes chances de infecção.
4. Espuma de poliuretano para traqueostomia e feridas sem infecção
Geralmente feitos de espuma de poluiretano ou silicone revestida por uma finíssima camada de poliuretano, esses curativos são considerados por muitos especialistas o tipo ideal: absorvem o exsudato, permitem a troca de gases com o ambiente, mantêm a umidade necessária para a cicatrização e protegem a pele ao redor da ferida.
Eles podem ser usados em vários tipos de lesões que produzem pelo menos uma quantidade moderada de fluidos, entre eles:
- lesão por pressão;
- lacerações ;
- esfoladura ;
- pessoas com distúrbio da pele periestomal, um tipo de complicação comum em quem usa bolsa de ostomia.
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