Problemas de pele mais comuns na terceira idade
Conheça os problemas de pele mais comuns entre idosos
A longevidade é uma fase da vida de muitas mudanças, físicas e fisiológicas. Os cabelos brancos surgem, perdemos massa muscular perdemos também um pouco dos sentidos, como o paladar, entre outras coisas. Com a pele não seria diferente.
Primeiro, ela fica mais fina. Segundo, o colágeno, a proteína que dá sustentação e elasticidade à pele, começa a ficar mais fragmentado. Sem tanta sustentação, a pele fica mais flácida e enrugada. Além disso, as glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de sebo que mantém a pele lubrificada, e as glândulas sudoríparas, que produzem suor, também passam a funcionar com mais dificuldade, bem como diminui a produção de gorduras cutâneas. Resultado: ela fica mais seca. Estima-se que 75% dos idosos apresentem ressecamento de pele.
O número de células produtoras de melanina, pigmento que protege a pele dos raios UV do sol, diminui drasticamente, fazendo com que o idoso fique com uma barreira de proteção mais fragilizada. Assim, aumentam as chances de tumores de pele.
Veja os problemas cutâneos mais comuns entre a turma da terceira idade:
1. Prurido senil
A pele seca, ou xerose, na terminologia médica, é a causa mais comum de coceiras (prurido) em idosos. Coçar a pele pode levar não apenas à vermelhidão, mas também a lesões que podem inflamar, pois o sistema de defesa do idoso já não funciona tão bem.
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Geralmente, as coceiras tornam-se piores nos meses frios, por causa da baixa umidade do ar, que torna a pele ainda mais seca.
O prurido também pode ser reação a determinados medicamentos, entre eles anti-hipertensivos e diuréticos.
Para evitar a pele com aspecto craquelado, é importante investir num bom hidratante diariamente à base de lactato de amônio ou de ureia. Diabetes, doenças que afetam a tireoide e até falência renal podem levar à vontade de coçar a pele.
2. Dermatites eczematosas
São uma das principais queixas de idosos. Existem vários tipos de dermatite, mas a mais frequente é a dermatite seborreica, que chega a afetar mais de 30% deles e é ainda mais frequente em pacientes com doenças do sistema nervoso, como o Alzheimer.
Ela se caracteriza por uma erupção vermelha que descama e coça. Geralmente, aparece no couro cabeludo, pálpebras, orelhas, sobrancelhas.
Hidratantes contendo ureia também são indicados para quem sofre de dermatite seborreica. Quando ela aparece no couro cabeludo, costuma ser indicado o uso de xampus à base de cetoconazol.
3. Púrpura senil
Embora não seja exclusiva dos idosos, essa condição é mais frequente entre eles. A púrpura se caracteriza pelo surgimento de manchas arroxeadas.
Acontece que a pele do idoso fica mais fina com o tempo. A exposição aos raios UV enfraquece o tecido que sustenta os vasos sanguíneos que correm perto da pele, tornando-os mais frágeis. Qualquer batidinha leva as células vermelhas do sangue a vazarem para as camadas mais profundas da pele, fazendo com que surjam manchas vermelho-arroxeadas. Elas são comuns nas partes do corpo que ficam expostas ao sol e a pequenos traumas, como braços e mãos.
Pessoas de pele mais clara são as mais propensas a apresentar a condição. Proteger a pele do sol com o uso de roupas de manga longa pode ajudar a prevenir o problema.
4. Manchas de idade
Embora as células produtoras de melanina sejam reduzidas com a idade, as que restam aumentam de tamanho e ficam mais concentradas em determinadas áreas da pele. Com a exposição ao sol, há uma superprodução de melanina, o pigmento escuro que ajuda a proteger a nossa pele dos raios malignos do sol. Daí o surgimento de manchas escuras, muito parecidas com pintas.
Essas manchas também podem ser indicativas de melanoma, portanto é importantíssimo procurar um dermatologista se alguma delas começar a crescer demais.
É possível reduzir algumas dessas manchas por meio do uso de ácidos como o glicólico e a vitamina C, que ajudam a clarear a pele. O uso de laser ou peeling químico são outras opções de tratamento.
5. Úlceras por pressão
São feridas decorrentes da aplicação prolongada de pressão em determinada região do corpo. São frequentes em pessoas que por algum motivo estão acamadas.
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6. Infecções
Infecções na pele também são muito comuns em idosos. Elas podem ter várias origens: de bacterianas a virais.
A infecção bacteriana mais comum é a celulite, geralmente causada pelo Staphylococcus e pelo Streptococcus. Mais comum nas pernas, ela faz com que a pele fique inchada e quente – sinal da infecção - e com aspecto de casca de laranja. Pode, inclusive, haver febre.
Já o herpes-zoster é a infecção viral mais comum da terceira idade e tem como principal característica dores nos locais afetados.