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Homem usando máscara facial no transporte público.


Usar máscara não causa intoxicação por CO2


Por Robert Preidt

 

Usar uma máscara facial não pode levar ao envenenamento por dióxido de carbono, mesmo em pessoas com doenças pulmonares, relatam os pesquisadores.

 

As descobertas contestam as alegações de que o uso de máscaras faciais para prevenir a disseminação do novo coronavírus pode colocar a saúde de algumas pessoas em risco.

 

Os autores do novo estudo avaliaram as mudanças nos níveis de oxigênio ou dióxido de carbono em pessoas saudáveis, bem como naquelas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), antes e durante o uso de máscaras cirúrgicas.

 

Em geral, as pessoas com DPOC devem "trabalhar mais para respirar", o que pode causar falta de ar e/ou sensação de cansaço, de acordo com a American Thoracic Society.

 

O estudo - publicado online em 2 de outubro nos Annals of the American Thoracic Society - descobriu que "os efeitos [de usar máscaras] são mínimos, mesmo em pessoas com deficiência pulmonar muito grave", disse o autor principal, Dr. Michael Campos. Ele é professor associado da divisão de medicina pulmonar, alergia, cuidados intensivos e medicina do sono da Universidade de Miami.

 

Campos também abordou a sensação de falta de ar que algumas pessoas saudáveis ​​podem sentir ao usar uma máscara.

 

“Dispneia, sensação de falta de ar, sentida por alguns com máscaras, não é sinônimo de alterações nas trocas gasosas. Provavelmente ocorre pela restrição do fluxo de ar com a máscara, principalmente quando é necessária maior ventilação (ao esforço)”, disse em um comunicado à imprensa da sociedade.

 

Por exemplo, se você estiver subindo rapidamente uma colina, poderá sentir falta de ar, e uma máscara muito apertada pode aumentar essa sensação. A solução: “diminua a velocidade ou retire a máscara se estiver a uma distância segura de outras pessoas”, aconselhou Campos.

 

“É importante informar o público que o desconforto associado ao uso da máscara não deve levar a preocupações de segurança infundadas, pois isso pode atenuar a aplicação de uma prática comprovada para melhorar a saúde pública”, concluíram os pesquisadores.

 

“O público não deve acreditar que as máscaras matam”, enfatizou Campos.

 


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