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Câncer de cólon: benefícios da Vitamina D


Vitamina D pode proteger contra o câncer de cólon


O sol que você recebe quando corta a grama ou executa tarefas pode protegê-lo contra o câncer de cólon, segundo uma nova pesquisa.


Como? A luz solar estimula a produção de vitamina D, e as pessoas com níveis suficientes da vitamina tiveram um risco 22 por cento menor de câncer de cólon, disse a pesquisadora Marjorie McCullough. Ela é diretora científica sênior de pesquisa em epidemiologia da American Cancer Society.


Esse risco também parece diminuir ainda mais à medida que os níveis de vitamina D aumentam, embora o estudo não tenha provado que a luz solar cause a queda do risco de câncer de cólon.


As chances de desenvolver câncer de cólon caem cerca de 19% nas mulheres e 7% nos homens para cada incremento nos níveis séricos de vitamina D, segundo os pesquisadores.


"Apareceu na maior parte do intervalo que estávamos olhando, o relacionamento era linear", disse McCullough.


"Há muito se postulou que a deficiência de vitamina D pode causar outros problemas além da osteoporose e da disfunção do sistema imunológico", disse Len Horovitz, médico do Hospital Lenox Hill, em Nova York, que não esteve envolvido no estudo.


"A suspeita de que a deficiência de vitamina D pode ser responsável pelo desenvolvimento do câncer é corroborada neste estudo, onde a deficiência de vitamina D e câncer colorretal estão ligados", disse Horovitz.


Não significa que você deva se expor ao sol para evitar o câncer de cólon.


"Se você mora em uma área ensolarada durante o ano todo, ou se vive em uma área onde os meses de primavera e verão são mais quentes, seus níveis serão mais altos apenas por acaso", disse McCullough. "Não recomendamos que as pessoas procurem a exposição solar para elevar seus níveis de vitamina D, porque a radiação UV é um forte fator de risco para o câncer de pele".


A vitamina D tem sido associada à saúde dos ossos, mas o nutriente não tem sido recomendado para proteger contra o câncer de cólon ou outros problemas de saúde devido a escassa pesquisa, disse McCullough.


Quando a Academia Nacional de Medicina dos EUA publicou suas diretrizes de vitamina D em 2011, concluiu que as evidências médicas de benefícios da vitamina D para o câncer não eram suficientes para fazer uma recomendação, disse ela.


Para esclarecer isso, McCullough e seus colegas combinaram dados de 17 estudos diferentes envolvendo 5.706 pessoas com câncer de cólon e 7.107 participantes saudáveis dos Estados Unidos, Europa e Ásia.


Os pesquisadores até reanalisaram amostras de sangue de cerca de um terço dos participantes, para que pudessem realizar uma comparação mais direta entre as maçãs em todos os 17 estudos.


Eles concluíram que a vitamina D parece realmente fornecer proteção contra o câncer de cólon, particularmente para as mulheres.


A maioria das pessoas recebe vitamina D suficiente apenas vivendo suas vidas, disse McCullough.


A luz do sol que você recebe de um passeio casual pela rua, fazendo suas tarefas e até mesmo andando de carro ou de trem até o prédio do seu escritório é suficiente para estimular a produção adequada de vitamina D em seu corpo, disse ela.


As pessoas também obtêm vitamina D de alimentos fortificados como leite, cereais e suco de laranja, e de peixes gordurosos como salmão, atum, truta e peixe-espada, disse McCullough.


Por causa disso, as pessoas não deveriam depender de suplementos para obter sua vitamina D, disse McCullough. Doses pesadas de vitamina D podem ser tóxicas. "Suplementos individuais em altas doses não são recomendados", disse ela.


Não se sabe exatamente porque a vitamina D pode proteger contra o câncer, mas os pesquisadores suspeitam que a vitamina desempenha um papel no controle do crescimento celular e na promoção da morte celular programada, disse McCullough.


"O câncer ocorre quando há crescimento descontrolado e disseminação de células anormais", disse ela. "Estudos experimentais mostraram que a vitamina D pode ajudar a limitar a proliferação de células anormais".


O novo estudo foi publicado em 14 de junho no Journal of the National Cancer Institute.

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