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doença de Parkinson


Doença de Parkinson estudos indicam início antes do nascimento


Por Suprevida

O Brasil está envelhecendo rapidamente. Por conta disso, a comunidade médica espera ver mais e mais doenças ligadas à terceira idade. Uma delas é o Parkinson, doença degenerativa que afeta o sistema nervoso.

Não há dados oficiais de quantas pessoas com Parkinson há no Brasil, até porque não é obrigatório fazer a notificação para as autoridades de Saúde. Fala-se em 220 mil pacientes, mas há estimativas que dão conta de que poderia haver até 630 mil portadores da doença no país. Alguns estudos internacionais inclusive sugerem que esse número mais que dobrará até 2030, diz um artigo escrito por especialistas do Hospital Albert Einstein

O Parkinson ocorre quando as células cerebrais (os neurônios) que produzem dopamina, uma substância que ajuda a coordenar o movimento muscular, ficam comprometidas ou morrem. “A falta de dopamina gera rigidez muscular, lentidão dos movimentos, tremor e dificuldade para caminhar, ou seja, as principais características da doença”, explica o doutor Denis Bichuetti, neurologista do HCor, ao site da instituição. Na maioria dos casos, não está clara a causa exata da falha dessas células cerebrais e não há cura conhecida.

Não existem duas pessoas que vão vivenciar a doença da mesma maneira, segundo a Parkinson’s Foundation, fundação americana que luta para melhorar a vida das pessoas com a condição. Os tremores, entretanto, costumam ser a característica mais conhecida da enfermidade.

Porém, é importante que se saiba: nem todo tremor é sinal de Parkinson. Transtornos como o tremor essencial, que dão tremedeira nas mãos, por exemplo, geralmente são confundidos por muita gente com o Parkinson, quando na realidade ele é uma condição até relativamente comum e sem grandes consequências para a pessoa.

Por isso, o diagnóstico não é simples. Ele é dado por um médico especialista em sistema nervoso (o neurologista), que se baseia não só na história médica do seu paciente, mas também faz uma análise dos sintomas que ele apresenta.

De acordo com a Parkinson’s Foundation, para ser considerado Parkinson, pelo menos 2 desses 4 sintomas precisam ter se manifestado durante um certo tempo:
 

  • tremores
  • movimentos mais vagarosos
  • rigidez nos braços, pernas ou no tronco
  • dificuldade para se manter equilibrado e possíveis quedas


“É óbvio que um tremor que te atrapalha deve fazer com que você busque ajuda, mas geralmente é a lentidão de movimento, o tropeço e a dificuldade para caminhar que sinalizam a enfermidade. Então, diante desses sintomas, o ideal é procurar um neurologista clínico e não um ortopedista, como acontece em boa parte dos casos”, recomenda o doutor Denis.

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o Parkinson não afeta só a parte motora. Ele também pode levar o intestino a ficar preguiçoso, à perda das expressões faciais, a problemas para dormir e até à perda do olfato. O Doutor André Felício, do Hospital Israelita Albert Einstein, conta ao site R7 que, de maneira geral, se pensa que a doença surge quando a pessoa começa a tremer, mas, na verdade, ela surge entre 10 e 20 anos antes, com a diminuição do olfato, constipação intestinal, alteração do comportamento durante o sono, que começa a ficar mais agitado, e indícios de depressão.

Desde os tempos de embrião
A doença de Parkinson faz parte do rol de enfermidades ligadas ao envelhecimento, mas pode aparecer antes. É o que aconteceu, por exemplo, com o ator americano Michael J. Fox, de De Volta para o Futuro, que foi diagnosticado quando tinha 29 anos de idade.

Embora a imensa maioria dos pacientes tenha 60 anos ou mais quando é diagnosticada, cerca de 10% tem entre 21 e 50 anos, como foi o caso de J. Fox. Um grupo de pesquisadores do Centro Cedars-Sinai, um dos mais respeitados dos Estados Unidos, acaba de publicar uma pesquisa na revista Nature Medicine que propõe que pessoas que desenvolvem a doença de Parkinson antes dos 50 anos podem ter nascido com células cerebrais com “defeito de fábrica” e que não foram detectadas por décadas.

Para realizar o estudo, os cientistas geraram células-tronco especiais a partir de células de pacientes jovens com a enfermidade. Funcionou mais ou menos assim: eles levaram as células adultas "de volta no tempo" até um estado embrionário primitivo. Quando as células chegam ao estágio embrionário, elas são capazes de produzir qualquer tipo de célula do corpo humano, todas geneticamente idênticas às células do próprio paciente. 

Assim, eles forçaram as células a se transformarem justamente em células cerebrais produtoras de dopamina, porque são essas as que estão envolvidas no surgimento do Parkinson. "Essa técnica nos deu uma viagem no tempo para ver como os neurônios produtores de dopamina poderiam ter funcionado desde o início da vida de um paciente", disse Clive Svendsen, PhD, professor de Ciências Biomédicas e Medicina do Cedars-Sinai ao site da organização.

Eles descobriram que os neurônios de pessoas com a condição nascem com uma espécie de “defeito de fábrica”, que leva ao acúmulo de uma proteína que ocorre na maior parte dos casos da doença e que é tóxica para essas células, levando-as a morrer ou a se degenerar.  “Parece que os neurônios da dopamina dessas pessoas podem continuar a lidar com essa proteína de uma forma equivocada por um período de 20 ou 30 anos, causando o surgimento dos sintomas de Parkinson bem depois do nascimento”, conta o pesquisador ao site do Cedars-Sinai.

Tratamento
Embora a doença de Parkinson não tenha cura, há diversos tratamentos capazes de atenuar os sintomas, fazendo com que o doente consiga ter uma vida satisfatória e produtiva.

Além de fisioterapia e fonoaudiologia, que ajudam muito, diversos medicamentos ajudam a manter a enfermidade sob controle. O mais famoso e o mais eficaz deles é a levodopa, que se transforma em dopamina quando chega ao cérebro, repondo aquela que deixou de ser produzida. Porém, com o passar do tempo, a levopa vai perdendo a sua força e surgem alguns efeitos colaterais, como movimentos involuntários.

Os cientistas do Cedars-Sinai testaram várias drogas para ver se alguma delas seria capaz de reverter as anormalidades daqueles neurônios defeituosos e descobriram que uma delas, chamada de  PEP005, porque, embora tenha sido aprovada nos EUA, ainda não foi lançada no mercado e não tem um nome comercial, foi capaz de reduzir os níveis da proteína tóxica, o que abre caminho para a produção de um medicamento no futuro.

Mais recentemente, também se vem estudando uma espécie de terapia genética para ajudar a restaurar os movimentos.

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