Link entre remédio contra colesterol e osteoporose depende da dose do medicamento

Por Suprevida

Um novo estudo publicado no Annals of the Rheumatic Diseases sugere haver uma relação entre o uso de remédio contra o colesterol e o aparecimento de osteoporose, mas que essa relação depende da dose do medicamento que uma pessoa está tomando.

Os pesquisadores analisaram os dados de 7,9 milhões de pessoas entre o começo de 2006 e o começo de 2007 e compararam quantas pessoas foram diagnosticadas com osteoporose e que estavam tomando estatina – remédio contra o colesterol – com pessoas que tinham sido diagnosticadas com osteoporose e que nunca tinham tomado estatina. Eles observaram os efeitos de diferentes dosagens de rosuvastatina, pravastatina, lovastatina e sinvastatina, que são tipos de estatinas encontradas no mercado.

O que eles descobriram é que tem tomava estatina em baixas dosagens – segundo eles 10 miligramas por dia – apresentou menores taxas de aparecimento de osteoporose, enquanto quem tomava altas dosagens – maior que 20 miligramas por dia – apresentou maiores taxas de osteoporose.

A grande sacada do estudo foi mostrar que a relação entre a estatina e a osteoporose persistia mesmo quando se descartava outros fatores ligados ao aumento do risco para a doença que enfraquece o esqueleto, por exemplo, o uso de determinados remédios e o excesso de peso.

O que é osteoporose

Osteoporose é uma doença que deteriora o tecido ósseo, tornando-o mais frágil e poroso, ao ponto de ele poder fraturar com uma batida leve em algum lugar, especialmente o fêmur e a coluna vertebral. Aproximadamente 10 milhões de brasileiros convivem com a doença.

O envelhecimento é um dos principais responsáveis pela doença, considerada hoje o segundo maior problema de saúde pública no mundo, atrás apenas dos males cardiovasculares, segundo a revista Saúde.

Sabe-se que o colesterol é um dos blocos que participa da construção de hormônios essenciais no nosso organismo, entre eles os sexuais - a testosterona, no caso dos homens, e o estrogênio, no caso das mulheres. Esses hormônios são vitais para a saúde dos ossos. “Nossa sugestão é que os médicos monitorem mais de perto pacientes de alto risco para osteoporose, que são mulheres na pós-menopausa, e que fazem uso de uma dessas estatinas”, disse Caspar Matzhold, do Complexity Science Hub (CSH) em Viena (Áustria) ao News Medical Today.

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