Quartas sobre diabetes: Dr. Insulina fala sobre pesquisas da diabetes no Brasil e os desafios no início da Pandemia
Por Suprevida
No sexto episódio de “Quartas sobre diabetes”, Dr. Insulina (Dr. Ronaldo Pineda Wieselberg) fala sobre as pesquisas de diabetes no Brasil e também sobre os desafios para a comunidade médica no início da pandemia.
Assista ao vídeo e acompanhe na íntegra:
[RODRIGO CORREIA] E hoje, vocês vão dar uma continuidade nesse estudo ou ele se encerra nesse momento de crise, ou vocês vão tentar buscar outros desdobramentos mais para frente? Como é a sequência desse trabalho?
[DR. INSULINA] Nesse momento o estudo está concluído mas, nós temos outros estudos em andamento, inclusive, com o HC de Ribeirão Preto, o HC aqui de São Paulo da UNIFESP, buscando entender como que foi essa variação das pessoas com diabetes no Brasil.
[RODRIGO] E imagino que também tenha o acompanhamento do desdobramento disso no hospital – se a pessoa entubou, o que aconteceu, se recuperou ou não recuperou, né?
A impressão como leigos, que a gente teve, é que foi um período de aprendizado acelerado em geral, porque a gente entrou todo mundo na crise, e o setor saúde, foi aprendendo a lidar com a COVID, ao longo, aparentemente agora que estamos em um estágio de conhecimento melhor da doença.
[DR. INSULINA] Realmente, em comparação com o primeiro momento, quando a gente não tinha conhecimento praticamente nenhum da doença, a gente tinha uma pneumonia viral, que não tinha medicação, a gente não sabia como tratar. A gente evoluiu bastante. Depois de publicações de estudos como: Recovery, que mostraram a eficácia do uso de Dexametasona, para reduzir a necessidade de oxigênio, a gente teve algumas melhoras, mas ainda assim, o que mais deixa a comunidade médica de forma geral, armada, é que nós não temos como prever, quem vai ter um caso grave. Então nós temos jovens aparentemente sem comorbidades, que desenvolveram casos super graves, que precisam ser entubados, tem que ir para a traqueostomia. E por outro lado, pessoas com todos os fatores de risco, que ficam assintomáticos.
[RODRIGO] É uma Roleta Russa né? É melhor a gente continuar prevenindo bastante, porque ninguém sabe quem vai ter o problema grave ou não.
[DR. INSULINA] E é exatamente por isso que a gente foca tanto na prevenção, ficar em casa, usar máscara, usar álcool gel, porque, por mais que a gente tenha proporcionalmente, uma doença que tem uma letalidade de 2%, 2% de 210 milhões a gente tem aí pelo menos 4 milhões de mortes nesse país. E lógico que ninguém quer fazer parte desses 4,2 milhões.