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Uma enfermeira com o estetoscópio no pescoço, auxiliando um idoso a se exercitar com um peso na mão


Terapia ocupacional em pacientes vítimas de AVC


Terapia ocupacional garante mais independência a pacientes de AVC


Reabilitação é a palavra-chave quando se trata de pessoas que sofreram um AVC. E não é por acaso. Com a enfermidade geralmente vem uma série de sequelas, que variam em gravidade dependendo da região do cérebro que foi atingida.


O fato é que uma parcela significativa das vítimas de derrame se verão às voltas com algum déficit motor. Casos mais graves de AVC chegam a comprometer inteiramente um dos lados do corpo, impedindo que a pessoa realize as suas atividades diárias, comprometendo o convívio social.


Problemas motores não são as únicas sequelas possíveis. Fraqueza muscular, diminuição da cognição, perda de memória e depressão também estão entre as sequelas da enfermidade e trazem um forte impacto na vida do doente e de sua família.


Como são muitos os aspectos da vida afetados pelo AVC, o processo de reabilitação vai envolver uma série de profissionais – de clínicos gerais e fisioterapeutas a terapeutas ocupacionais. O doente geralmente se sente mal por ter de necessitar de outras pessoas para ajudá-lo a completar tarefas que ele realizava sem problemas no cotidiano. A ideia da Terapia Ocupacional é fazer com que ele tenha mais autonomia e independência. Com isso, promove-se, também, um aumento de autoestima.



Autossuficiência


Uma das mais importantes atuações do terapeuta ocupacional na reabilitação de vítimas de AVC diz respeito à recuperação da capacidade de realizar tarefas diárias. Um exemplo é o vestir-se. A maioria de nós não dá muita bola a esse ato, pois ele está tão incorporado ao dia a dia que já entrou no modo automático. Porém, os movimentos que fazemos para nos vestir não são assim tão simples. Com a ajuda dos terapeutas, os pacientes de AVC fazem treinos de atividades diárias. Vestir-se, pentear os cabelos, passar a maquiagem, fazer a barba. Ao recuperar, ao menos em parte, a capacidade de realizar esse tipo de atividade cotidiana, o paciente ganha amor-próprio.



Adaptação na casa


Outro ponto-chave é a adaptação da casa, de forma que o entorno se torne mais acessível. Um dos trabalhos que terapeutas ocupacionais também fazem é ir até a casa da pessoa e verificar tudo o que está no entorno dela, para que possam estudar formas de promover adaptações na casa, bem como criar estratégias para que o paciente tenha ganhos no seu dia a dia.


Outra ação da Terapia Ocupacional é a preparação e a orientação dos cuidadores para auxiliar esse paciente. A ideia é que a reintegração seja a maior possível.

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