A pele do ostomizado
Por Suprevida
O que é estomia?
O primeiro passo, antes de entender os cuidados com as estomias e pele ao redor do estoma, é compreender do que se trata a estomia. Citada com algumas variações como ostomia, ostoma ou estoma, são palavras diferentes com o mesmo significado: se trata de uma abertura, externa, feita no corpo do paciente para eliminar fezes ou urina. Saiba como higienizar sua bolsa de ostomia aqui!
As razões deste procedimento não são apenas por uma única causa e podem ser diversas, desde a necessidade por conta de uma cirurgia feita no intestino, até casos mais avançados e que podem levar o uso da bolsa por toda vida. Clique aqui e saiba quais são os principais mitos e verdades sobre o procedimento.
Em inúmeras situações ela pode ser necessária: se a pessoa tem colite ulcerativa, uma doença inflamatória que atinge a parte central do intestino grosso (o cólon), que pode levar à formação de feridas, à diarreia permanente e ao sangramento pelo reto.
Pessoas que apresentam doença de Crohn, outra doença inflamatória que pode atacar não apenas o cólon, mas qualquer parte do trato gastrointestinal. Tanto a colite quanto a doença de Crohn fazem parte de um conjunto de condições médicas chamadas de doenças inflamatórias intestinais.
A ostomia pode ser dividida em três segmentos: quando a envolve o intestino grosso, ela é chamada de colostomia. Quando envolve o íleo, é chamada de ileostomia. Quando envolve o trato urinário, de urostomia. Pessoas que se submeteram a uma ostomia expelem urina ou fezes através do estoma e elas são recolhidas em uma bolsa. Descubra aqui todos os tipos existentes de ostomias.
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Quem utiliza as bolsas de estomia?
Qualquer pessoa que esteja sofrendo de uma doença crônica, desde adultos, até crianças, adolescentes e idosos. Em qualquer um dos casos, o acompanhamento de um profissional de psicologia, além do médico especializado, pode ser essencial para garantir a qualidade de vida e bem-estar do paciente.
Em muito casos de crianças, a confecção do estoma pode ser realizada no período neonatal, por conta de má-formações congênitas. Tanto os pais quanto as crianças devem estar envolvidos no processo de troca da bolsa coletora desde o início, para facilitar a aceitação do estoma, diminuindo os medos e inseguranças relacionados à nova situação. Isso é importante para que a criança, em breve, possa realizar todas as atividades indicadas para a idade, desde que seja mantida uma rotina de esvaziamento da bolsa, evitando acidentes, como o vazamento do conteúdo. Além disso para o bom desenvolvimento da criança, é importante que os pais mantenham a tranquilidade: a criança deve perceber sentimentos de tranquilidade e segurança. Logo, a criança irá aprender a cuidar sozinha do estoma. Essa prática deverá ser realizada de forma gradativa, respeitando as particularidades e habilidades da criança.
Para idosos, lidar com a estomia pode ser um quadro um pouco mais delicado: com a idade mais avançada podem surgir sentimentos de medo, ansiedade e preocupações relacionadas a doença e a solidão. Por isso, os grupos de apoio, existentes em todo o país, podem ser benéficos para esses idosos. Além de serem uma ótima opção, por causa do encontro com pessoas na mesma condição, podem funcionar como forma de apoio.
Dentro dos cuidados físicos, a troca da bolsa, dependendo da situação, pode ser feita durante o banho. Além disso cuidados como nunca deixar a bolsa encher além de um terço de sua capacidade e a limpeza diária podem ser úteis para prevenir eventuais descolamentos e vazamentos, que podem causar irritação e até lesões na pele. As trocas de bolsa devem ser feitas conforme a orientação de seu estomaterapeuta e médico responsável.
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Os cuidados diários com o estoma
Os cuidados diários com o estoma envolvem, além da checagem regular da pele e da área, a troca da bolsa. Neste último ponto é muito importante seguir alguns passos para garantir a integridade da estomia, assim como a qualidade de vida do paciente.
Isso vai depender do tipo de bolsa que é usado: há vários modelos no mercado. A escolha vai depender do tipo de ostomia que o paciente tem – colostomia, urostomia ou ileostomia, mas também da preferência de cada profissional. O passo a passo para a troca depende do modelo usado. O médico especialista irá passar a orientação adequada e a troca pode variar. O importante é sempre trocar de pé para visualizar o estoma e realizar a troca adequada.
O primeiro passo é sempre higienizar as mãos. Se estiver longe do banheiro, pode-se usar álcool em gel para as mãos. Tenha um sempre perto! Segure a pele e puxe a placa adesiva. Ainda é possível usar um spray removedor de adesivo ou, ainda, um lenço umedecido em água, para evitar que a pele fique irritada. A remoção também pode ser feita durante o banho, pois a água morna facilita a retirada da placa.
Depois dos cuidados, a forma do descarte da bolsa é variável: se é uma bolsa drenável, basta jogar o conteúdo no vaso sanitário, higienizar a bolsa e voltar a recolocá-la. Se usa uma não drenável, ela vai direto para o lixo, sempre com o cuidado de envolvê-la antes em jornal ou em um plástico.
Após isso, o ideal é limpar a área ao redor do estoma e tomar os cuidados necessários com a pele: com uma gaze ou algodão, limpar a região que circunda o estoma com água e sabão e secar bem. Umidade vai prejudicar a colagem de uma nova placa adesiva.
A pele ao redor do estoma
A pele ao redor do estoma é uma região delicada e cuidados adequados devem ser tomados para garantir que a derme não seja lesionada. Fezes ou urina também podem danificar a pele, se houver algum vazamento. Mudanças no pH da pele geradas por um desses dejetos podem irritar a pele e permitir que bactérias e fungos encontrem um ambiente perfeito para se desenvolver. Se essa região estiver permanentemente úmida, pode levar a pele a ficar lesionada.
Garantir que a pele no entorno do estoma está seca quando for trocar a base adesiva pode evitar surpresas futuras. Além de isso garantir que a base vai ficar bem presa à pele, evitará que ela entre em risco de lesão ou que fungos se desenvolvam ali.
Alguns produtos podem ser recomendados, com orientação médica, para utilizar na pele ao redor do estoma como talcos, hidratantes ou loções. Em caso de lesões, é altamente recomendável procurar o estomaterapeuta ou o profissional responsável por acompanhar o caso do paciente, garantindo a qualidade de vida deste.
Como evitar lesões na pele do estoma
Os cuidados diários com a higiene são a mais alta recomendação para evitar macerações. Qualquer dejeto que entre em contato com pele pode causar irritações, lesões ou até quadros mais sérios que necessitem de antibióticos. Por isso, a limpeza é um passo fundamental, podendo ser feita também durante o banho dependendo do atual quadro do paciente.
A água já cumpre o seu papel para limpar a pele do entorno do estoma. Mas caso seja necessário o uso de um sabonete, o ideal é dar preferência para os sem perfume. Na hora de trocá-la, ela tem de encaixar com perfeição no seu estoma, pois isso evitará que fezes ou urina vazem e possam irritar a sua pele.
Caso a pele ao redor do estoma apresente vermelhidão, irritação ou mesmo se encontre exposta, o ideal é entrar em contato com urgência com o médico responsável ou um profissional especializado em estomas.
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